Tive vontade de escrever sobre cantar,hoje: quase o futuro...Cantar a minha verdade estranha,cantar o silogismo ingênuo.Eu me aprendi cantando e sempre essa será a ordem dessa frase,me aprender...
Me conheci numa guria há muito tempo atrás,nas músicas que curtíamos juntos,no violão e no jeito da batida dela. Conheci os seus sonhos,cantei eles,mas a corda arrebentou, a música extinguiu nosso primeiro pôr de sol.Ela me fez muito bem e o certo acabou acontecendo.Fiquei só. Em outro Estado. Em outras gramáticas.Na generosidade do meu amor, na incoerência da distância; o nó na garganta, o nó no All Star no último dia antes de vir embora.
Tomei o ônibus, o mp3 ligado..." A ilha não se curva" me dizia,e as paisagens tocavam meus olhos,arranhando-os.Sinto muita falta das paisagens,elas colocaram ritmo no meu coração desde o início,sim, elas me acompanharam todas as horas das viagens,elas mudaram com as curvas...
Vastos verdes campos,e a cada cidade os olhos se clarificavam.Não minto,havia certa vontade imensa de descer em alguma cidadezinha diminuta,pedir abrigo a quem eu nunca vi.
Eu gostava tanto do que agora só me lembro pelo papel, ou por alguma rima boba.
Sempre quis talhar um banco no alto de uma colina pra ver os campos extensos lá de cima, talhar um balanço que tem a leveza de aceitar que o seu único companheiro o empurre(o vento).
Espero que o vento venha nos trazer algumas notícias boas nesse novo ano e que coloquemos os pés em terra firme assim que ele parar de soprar.
Deus,que não nos falte asas e que não falte brisa ou minuano...
Nenhum comentário:
Postar um comentário