sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Balanço

Tive vontade de escrever sobre cantar,hoje: quase o futuro...Cantar a minha verdade estranha,cantar o silogismo ingênuo.Eu me aprendi cantando e sempre essa será a ordem dessa frase,me aprender...
Me conheci numa guria há muito tempo atrás,nas músicas que curtíamos juntos,no violão e no jeito da batida dela. Conheci os seus sonhos,cantei eles,mas a corda arrebentou, a música extinguiu nosso primeiro pôr de sol.Ela me fez muito bem e o certo acabou acontecendo.Fiquei só. Em outro Estado. Em outras gramáticas.Na generosidade do meu amor, na incoerência da distância; o nó na garganta, o nó no All Star no último dia antes de vir embora.
Tomei o ônibus, o mp3 ligado..." A ilha não se curva" me dizia,e as paisagens tocavam meus olhos,arranhando-os.Sinto muita falta das paisagens,elas colocaram ritmo no meu coração desde o início,sim, elas me acompanharam todas as horas das viagens,elas mudaram com as curvas...
Vastos verdes campos,e a cada cidade os olhos se clarificavam.Não minto,havia certa vontade imensa de descer em alguma cidadezinha diminuta,pedir abrigo a quem eu nunca vi.
Eu gostava tanto do que agora só me lembro pelo papel, ou por alguma rima boba.
Sempre quis talhar um banco no alto de uma colina pra ver os campos extensos lá de cima, talhar um balanço que tem a leveza de aceitar que o seu único companheiro o empurre(o vento).
Espero que o vento venha nos trazer algumas notícias boas nesse novo ano e que coloquemos os pés em terra firme assim que ele parar de soprar.
Deus,que não nos falte asas e que não falte brisa ou minuano...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cada luz amanhecida encontra alguém II

Eu caminhando para dar uma respirada e conversando com a minha cabeça:
- Fábio,tu devias ter me ouvido desde o início.
- Não sei,nunca fiz questão de guardar o que se passava comigo.
E no meio de tudo isso o coração interrompe e sussurra cordialmente:
- Fábio, não se escolhe um sorriso em vão...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

5 letras,2 vidas

Ele sentou na calçada tão triste
Olhou ao redor, se viu e chorou
Ele era como uma parte de sua casa
Não sei bem qual era
Talvez a torneira, a telha velha e rachada
De dentro de seus mistérios 
De cabeças de santos e cantos
Se via ao longe o caminho mais puro,
Ela cansou de esperar e pulou o muro
Olhou as chaves na parede, se viu e chorou
Ela era como o mundo inteiro
Não sei bem ao certo
Talvez o medo de ficar, segredo a revelar
De dentro de seus sonhos 
De corpos vazios e frio
Se via tão perto,impedida de chegar.
O que os separava era apenas uma calçada
Duas janelas e um pôr-de-sol.
E ele começou a buscá-la
E ela só queria a segurança da paz.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"A natureza acalma céus e amores raramente amados..."

A gente aqui chora de “triste” e de “feliz”,então tá bom,tá empatado. Por mais complicado que seja se firmar nas coisas,a gente tenta, às vezes vence.
Temos a capacidade incrível de ver o sonho através de um sorriso e o mundo é grande demais pra quem não sai do lugar...
Desde aquele dia o rosto subverteu a inocência e separou o bem do mal,tá empatado.
Quem tenta se explicar tende a errar...quem gosta de ficar é só dizer, pois a liberdade vai tomar formas gigantescas de prazer..
Diante dos argumentos do inicio de um sonho,nós tentamos nos alegrar,pois quase tudo termina e a coragem ensina que a sorte sempre vai nos vigiar de longe...
Não mais que palavras nós conseguimos dizer...mas haverá um dia em que estaremos juntos em unidade e você me olhará com olhos de "Edelvais" e me pedirá que eu lhe estenda as mãos,e quando olhares,verás que elas já estavam ao teu redor durante todo o tempo...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"Cada luz amanhecida encontra alguém"

Aquilo de bom que eu vivo contigo me faz acreditar 
que era pra ter sido único e exclusivamente esse espaço da minha vida que seria teu.
Fico pensando em ti,sem saber se isso é perda de tempo
se realmente for,o amor exalado na preocupação é tolo
Se tolo for,os sorrisos são realmente raros
ante a correnteza que leva o que era simples 
e traz uma flor sem cor,mas com força de subir o rio no poente.
Recolho esta flor e coloco nos teus cabelos,Sua cor agora é a dela.
Eu vi meu espírito voar pelo caminho mais insidioso
enquanto meus sonhos se limitavam ao simples inalcançável.
Não quero o amor cravado e cronometrado
Quero a leveza do sorriso,proteção e guarida.
Quero várias portas numa casa de campo.
Não preciso muito ar nos pulmões,só um sopro de verdade.
E mesmo assim me concedestes a graça de te seguir
Chamastes a minha verdade à coragem de sentir fé gratuita.
Fostes o calor no revés do meu coração intranquilamente frio.
Estavas comigo aonde eu fosse me carregando nos braços,
Carregando aquilo que era mais pesado em mim:  A ausência de explicação ,O excesso de amor, O excesso de ausência de explicações do amor....