sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Molhes da Barra

Noite tão clara de lua quase ausente.Nada responde à pergunta retórica.Não faço mais questão de suspirar pelo encanto;nessa fase sem direção,eu sou distância de tudo.Olhe nos meus olhos,descerei o vale, e entre o rio e a clareira farei uma casa,fugirei do desnecessário. Tomarei a consciência e a pendurarei na porta um pouco antes de sair.
    Isso não tem nada a ver com fuga ,e sim com opções longânimes e simples.Compania,compartilhar o pão,sanar os problemas juntos e conviver.
Bilhetes de "Eu te amo" me dizem mais do que fotos antigas.
"Eu te amo" soa como fim de cada coisa e início de todas as coisas.
Deixo pra ti encima da mesa escrito atrás da nossa foto Dos Molhes da Barra:


                                                         "Em que estrada surgiu a primeira fuga,
          Em que fuga houve a primeira volta,
Em que volta teve a primeira escolha,
Em que escolha sentiu a primeira dor,
Em que dor descobriu a primeira verdade,
Em que verdade pediu a primeira dose,
Em que dose caiu na primeira calçada,
Em que calçada deu a primeira mão,
Em que mão percebeu a primeira vida,
Em que vida cantou o primeiro sonho,
Em que sonho permitiu a primeira estrada? "

Ps: Não há reposta.Só caixas velhas que se batem lado a lado.


            

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